Princesa do Céu

Por Fábio Izidio

Surge no horizonte, lépida,
A mais bela cena da vida.
Seus raios penetram além dos galhos
Desfazendo as gotículas de orvalho.

O seu vivo luzir, em tons rubros, vem envolver
Toda a Natura - a arte de viver -
Aquecendo a perfumada flora
Com os quentes raios da aurora.

Ó, nobre estrela, princesa celeste,
Que te elevas aurifulgente!
Prossiga avante em teu palmilhar
Orgulhosa com seu majestoso brilhar.

Vem pressurosa e traga contigo o dia
Compartilhando tua vívida alegria.
Bichinhos brincam na tua presença;
Buscam a tua luz sem detença.

Sobranceira, erga-te até o zênite;
Revela-te, mais uma vez, astro luzente.
No teu alvor se expõe tua nobreza,
Pois em ti se concentra toda a beleza.

Encantadora, se dirige ao arrebol
A princesa do céu, meu belo Sol.
Folgo satisfeito e deleitoso o meu olhar,
Vendo no horizonte a estrela mergulhar.

Qual jovem donzela a enamorar
A estrela desce beijando o mar
Mansa, suave, tímida e grata;
Deixando após si rastro cor de prata.